sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com

quando os pés da mente arrefecem


introdução...
Como árvores revisitadas pouco mais haveria a dizer. Os dias estragaram-se. Entre sol e chuva espaçados, criaram-se as condições necessárias à enfermidade, disse. Porém, entre sol e chuva, demorou-se tudo quanto bastou para te sorrir. E assim sorriu. Esta é uma história, aconteceu. Aconteceu: molhar os pés, ter frio e fugir em passada larga.
Em inglês diz-se "having cold feet". Pode-se traduzir para português? Resposta: poder, pode - que ninguém vos vem aplicar uma coima, mas não não se pode. As coisas da linguagem também usufruem prejuízos. Para uma mente bilingue (sem confusão com poliglotismo) não há espaço a tradução de fisionomias.
Dizia, portanto, que a mente ficou com os pés frios. Permaneceu assim durante algum tempo, não me apeteceria (acaso soubesse) dizer quanto.
A temperatura não desceu a níveis incomportáveis pois foi possível suspeitar de cada emoção que se apresentou. Não esqueçamos que a história começou quando os pés arrefeceram. Foi num desses momentos que se percebeu que a revisitação das árvores confundiu a ausência de ruídos com a lacuna de defesa. A confusão gerada foi tal que os pés começaram, gradualmente, a aquecer. Imagine-se que se confundiu harmonia com polimento e fundamentalismo com fundamentalismo. Ou seria extremismo com extremismo? Ou talvez tenha sido apenas uma confusão de interesse menor - o aviso estava afixado "a confusão gerada foi tal...".

algum tempo depois...

Ah, a memória recuperada: a confusão era afinal gerada pelos fanatismos das vozes e das frases dos si.

conclusão sem desenvolvimento...
Esta história acaba muito cedo porque tudo nos aborrece. Aborrece sobremaneira – que é uma expressão com uma articulação curiosa. É a este modo de se ser deliberadamente criticável que se pode atribuir responsabilidades.
Ora chuvisca, ora soalheira por esta janela adentro, o espírito afadiga-se e utiliza aporcalhadamente expressões. Desde o segundo parágrafo deste texto.

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