sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com

Aqui me sentei quieta/ (...) Eu quero ouvir devagar


Aqui me sentei quieta
Com as mãos sobre os joelhos
Quieta muda secreta
Passiva como os espelhos

Musa ensina-me o canto
Imanente e latente
Eu quero ouvir devagar
O teu súbito falar
Que me foge de repente.



















Sento-me quieta e secreta neste gabinete e faço o "intervalo dos dias" a procurar um poema. Hoje trago o assalto à minha memória d'Os Livros Ardem Mal com Sophia. Na cata do poema do dia passo por locais habituais e obrigatórios dentre os quais estão “A Terceira Noite” (já desde os tempos blogspot) e “Os Livros Ardem Mal” (sempre que posso, passo estas palavras em partilha… Os Livros Ardem Mal… magnífico!).


Hoje, neste meu momento diário da quietude e do segredo, resolvo dedicar-me a uma dedicatória aos autores d’Os Livros Ardem Mal (OLAM). E faço-a da seguinte forma: dando o meu testemunho de consumidora das tertúlias das primeiras 2ªFeira de cada mês, respondendo às questões que foram colocadas a alguns colaboradores (pois não é um cliente um colaborador também?)


1) O que vos agrada mais no OLAM

A iniciativa, a forma como está "desenhada", a sua versatilidade.
A heterogeneidade no leque de convidados.
A forma como se comunica - o espaço existente para as características específicas de cada um dos comunicadores de OLAM.
A assiduidade, o compromisso, a clara atenção e intenção de sempre melhorar, sempre a querer dar mais (na dose q.b. para a qualidade) ao seu público.

Já agora…não esquecer que dia de OLAM também é dia de lanche delicioso.



2) O que vos agrada menos

O sistema de som.
Não só os meios de sonoplastia têm dias mas o próprio sonoplasta também que me sugeriu um dia que se não conseguia ouvir a sessão que lesse sobre a mesma mais tarde… qualquer coisa desagradável assim, enfim, cito o próprio «A sonoplastia nem sempre correu bem. Mas isso são águas passadas e sem ressentimentos». Mário Henriques, sonoplasta dos Serviços Técnicos do TAGV

As cadeiras! São frias e desconfortáveis.

O que agrada menos-mais: o burburinho típico de “fechar a caixa” que surge invariavelmente do bar quando a hora de acabar a sessão começa a tardar.



3) Uma sessão de que tenham gostado especialmente.

Posso incluir as sessões do escrileituras? Posso: a sessão de que mais gostei até hoje foi em 2006 com Manuel António Pina – tema “Winnie the Pooh”.

Este ano, gostei especialmente das sessões com Alexandra Lucas Coelho e Gonçalo M. Tavares.


OLAM é um lugar e um momento
em que me sento quieta e quero ouvir devagar.
Obrigada, OLAM!


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