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SEM PROMOÇÕES, NEM COMPLICAÇÕES

daqui e dali:

«Preocupa-me a dignidade das pessoas e o bem-estar das pessoas. E o que eu vi hoje aqui, mais do que o 1º de Maio ser maior ou menor, os discursos serem mais ou menos radicais, o que eu vi hoje aqui noticiado do Pingo Doce é que é um atentado à dignidade humana. E é esse atentado à dignidade humana que está a acontecer na sociedade portuguesa»
São José Almeida 

«As imagens televisivas da abertura das portas da rede do Pingo Doce remetem-nos para o regresso ao terceiro mundo como ele já não deve existir nos países emergentes. Um vento de desvario colectivo apoderou-se de uma multidão sufocada pela austeridade e cuja propensão ao consumo nas grandes superfícies fez parte do modelo de despesa dos últimos vinte anos. O facto de os seus promotores terem escolhido o feriado do Primeiro de Maio deve merecer uma reflexão profunda por parte de um governo impotente e aventureiro. O escárnio não foi lançado só sobre «os mais desfavorecidos». Toda a sociedade portuguesa devia fazer três dias de luto pela dignidade ameaçada.»
José Medeiros Ferreira

«Mas a pobreza tem mais força que a repressão. Enquanto as pessoas lutam para comer não lutam por direitos.»
Daniel Oliveira 

«Talvez isto não preocupe muito a administração do Pingo Doce, que, consabidamente, mantém uma relação muito descomplexada com a ética empresarial.»
João Pinto e Castro

 «Lá longe, na Holanda, Alexandre Soares dos Santos deve estar a rir-se. Ele sabe bem que, como diz um anúncio do seu Pingo Doce, nas "'promoções', baixa-se o preço de um lado e aumenta-se do outro e (...), quando se fazem as contas, gastou-se mais do que se poupou"»
 Manuel António Pina

«O comportamento que o Pingo Doce teve hoje corresponde à definição de riot. Os seus proprietários agiram como desordeiros violentos – contra os seus próprios trabalhadores, certamente contra as regras da concorrência, de certo modo «contra» todas as dezenas de milhares de pessoas que, compreensivelmente, se precipitaram para aproveitar os descontos, porque foram objectivamente humilhadas. Ostensivamente contra o Dia do Trabalhador.»
Joana Lopes

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